Verônika Decide Morrer
Verônika é uma bela jovem Eslovena de 24 anos, que aparentemente tem um bom emprego, uma família amorosa e uma vida pela frente. Mas Verônika decide morrer. Ela decide que chegou a hora de por um fim numa vida que apesar de boa, pra ela não tinha nenhum sentido. Preparou a cama, fez o ritual comum para dormir, escovou os dentes e deixou na mesa de cabeceira os comprimidos que usava para dormir. Chegou à conclusão de que a melhor forma de se matar seria sem dor e sem sujeira. Tomou uma quantidade excessiva de comprimidos e abriu uma revista para esperar a morte. Verônika adormeceu, porém não morreu. Ela acordou no hospital de Villete o famoso e temido asilo de loucos. Ninguém jamais havia fugido de lá e sua fama era a de que lá havia todo tipo de louco.
Verônika acorda e descobre que não morreu, mas que lhe resta pouco tempo de vida. Seu coração ficou gravemente comprometido devido a ingestão de grande quantidade de sonífero. O doutor Igor informa que dentro de uma semana seu coração irá parar.
Verônika aceita as consequências, afinal era o que ela queria. Durante a espera pela morte, Verônika conhece alguns internos e suas histórias de vida. Já conformada, ela não se importa muito em esperar por alguns dias, até conhecer Eduard, um jovem interno esquisofrênico que há tempos não falava. Eduard aos poucos sem dizer uma palavra, muda as intenções de Verônika que sabe que de nada adianta agora querer viver. Compartilhou dos sonhos de Eduard e de sua história, ousou, amou e se entregou à vida. Dentro de Villete, onde qualquer atitude não era julgada, pois todos eram loucos e podiam expor suas loucuras, Verônika "viveu uma vida inteira em uma semana". E com sua história, Verônika permitiu ao doutor Igor terminar a sua tese sobre a amargura, onde concluiu que a cura é a consciência da vida.
Editora: Sextante
Categoria: Literatura Nacional / Romance
Páginas: 208
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